(ENEM PPL - 2021) O impacto das tecnologias de informao na gerao do artigo cientfico: tpicos para estudo O interesse pela comunicao cientfica e pela produo da literatura cientfica foi intenso nas dcadas de 1960 e 1970 e produziu estudos hoje considerados clssicos, mas diminuiu gradualmente de meados de 1970 em diante. Agora, no entanto, h um fato novo, que traz de volta o tpico discusso e considerao. O estgio atual da tecnologia da comunicao permite, com o auxlio do computador pessoal, contatos muito abrangentes, rpidos e eficientes, entre pessoas localizadas em qualquer lugar, desde que tenham acesso a redes de comunicao. O desenvolvimento nessa rea tem sido muito grande e continua em passo muito acelerado. A internet est se tornando presente e acessvel em toda parte, especialmente aos professores e pesquisadores nas universidades, permitindo, alm da conversa reservada entre duas ou mais pessoas, acesso a uma gama imensa de informaes e servios. O impacto potencial das novas formas de comunicao para o peridico cientfico e para as bibliotecas universitrias e de pesquisa enorme. No s a comunicao informal que afetada. A edio de trabalhos, acabados ou no, e a sua distribuio, mediante as vrias possibilidades que o meio eletrnico oferece, so to fceis que podem tornar cada usurio um editor e distribuidor. As iniciativas nessa rea, documentadas na literatura, incluem a presena de editoras comerciais, universidades e indivduos. Quer dizer: o fluxo da informao cientfica est sendo alterado. MUELLER, S. P. M. Disponvel em: http://revista.ibict.br. Acesso em: 18 abr. 2015 (adaptado). De acordo com o texto, o uso das tecnologias de informao e comunicao no ambiente acadmico est
(ENEM PPL - 2021) Google, Apple, Facebook, Amazon, Microsoft. Esse conjunto de grupos empresariais ocasionalmente designado como Gafam, Big Tech ou Big Five conhecido por sua hegemonia na indstria de tecnologia digital. Ns utilizamos seus sistemas operacionais, fazemos compras e buscas por meio de suas plataformas, mantemos contas em suas redes sociais e conhecemos os nomes e rostos de seus fundadores. Isso ocorre, muitas vezes, sem que sequer tenhamos conscincia: quando mandamos udios por WhatsApp ou vemos stories no Instagram, no bvio que esses servios pertenam Facebook Inc. Similarmente, o usurio padro ignora que o sistema Android desenvolvido pela Google e que ela pertence Alphabet Inc., conglomerado que tambm proprietrio do YouTube. Os problemas associados a essa concentrao de poder econmico, poltico e cultural tm sido um foco cada vez maior de ateno pblica. Muito se fala sobre como filtros-bolha, bots e desinformao fragilizam a democracia, e manchetes sobre violaes da privacidade e da liberdade de expresso dos usurios pelas empresas se tornaram comuns nesta dcada. Disponvel em: https://irisbh.com.br. Acesso em: 29 maio 2019 (adaptado). Esse texto problematiza os resultados do desenvolvimento tecnolgico da sociedade contempornea, denunciando o(a)
(ENEM PPL - 2021) Grias das redes sociais caem na boca do povo Nem adianta fazer a egpcia! Entendeu? Veja o glossrio com as principais expresses da internet Lacrou, biscoiteiro, crush. Quem nunca se deparou com ao menos uma dessas palavras no passa muito tempo nas redes sociais. Do dia para a noite, palavras e frases comearam a definir sentimentos e acontecimentos, e o sucesso desse tour foi parar no vocabulrio de muita gente. O dialeto j no se restringe s web. O contato constante com palavras do ambiente on-line acaba rompendo a barreira entre o mundo virtual e o mundo real. Quando menos se espera, comeamos a repetir, em conversas do dia a dia, o que aprendemos na internet. A partir da, juntamos palavras j conhecidas do nosso idioma s novas expresses. Glossrio de expresses Biscoiteiro: algum que faz de tudo para ter ateno o tempo inteiro, para ter curtidas. Chamar no probleminha: conversar no privado. Crush: algum que desperta interesse. Divou: estar muito produzida, sair bem em uma foto, assim como uma diva. Fazer a egpcia: ignorar algo. Lacrou/sambou: ganhar uma discusso com bons argumentos a ponto de no haver possibilidade de resposta. Stalkear : investigar sobre a vida de algum nas redes sociais. Disponvel em: https://odia.ig.com.br. Acesso em: 19 jun. 2019 (adaptado). Embora migrando do ambiente on-line para o vocabulrio das pessoas fora da rede, essas expresses no so consideradas como caractersticas do uso padro da lngua porque
(ENEM PPL - 2021) As ruas de calamento irregular feito com pedras p de moleque e o casario colonial do centro histrico de Paraty, municpio ao sul do estado do Rio de Janeiro, foram palco de uma polmica encerrada h pouco mais de dez anos: o nome da cidade deveria ser escrito com y ou com i? Tudo comeou aps mudanas nas regras ortogrficas da lngua portuguesa no Brasil terem determinado a substituio do y por i em palavras como Paraty, que ento passou a figurar nos mapas como Parati. Revoltados com a alterao, os paratienses se mobilizaram para que o y retornasse ao seu devido lugar na grafia do nome da cidade, o que s ocorreu depois da aprovao de uma lei pela Cmara de Vereadores, em 2007. No caso de Paraty, uma das argumentaes em favor do uso do y teve por base a origem indgena da palavra. Foi percebido que existem vrias tonalidades para a pronncia do i para os indgenas. E cada uma delas tem um significado diferente. O y mais prximo pronncia que eles usavam para significar algo no territrio. como se fosse Paratii, que significa gua que corre. A o linguista achou por bem utilizar o y para representar essa pronncia, o i longo, o i dobrado, esclarece uma tcnica da coordenao de cartografia do IBGE. BENEDICTO, M.; LOSCHI, M. Nomes geogrficos. Retratos: a revista do IBGE, fev. 2019. A resoluo da polmica, com a permanncia da grafia da palavra Paraty, revela que a normatizao da lngua portuguesa foi desconsiderada por
(ENEM PPL - 2021) TEXTO I A gesto da ignorncia Novas tecnologiasmudaram a forma de pensar, planejar e tambm de se relacionar dentro das empresas. Agora, o que vale ter flexibilidade, colaborao, segurana digital e confiana nas relaes. Mas quais so as oportunidades para crescer nesse ambiente cada vez mais disruptivo? CAMANHO, R. Revista da ESPN, n. 4, out.-nov.-dez. 2017 (adaptado). TEXTO II A falsa sensao de segurana O nmero de usurios cresce, e, paralelo a isso, a falsa sensao de que a conexo digital completamente segura e livre de ameaas. Profissionais de TI tm enfrentado problemascom falhasde segurana.Eisso porque, em certos cenrios, apenas um antivrus e/ou firewall bem configurados no so mais suficientes para mitigar os riscos atuais. MOGAMI, S. Guia de produtos para infraestrutura de data centers. RTI Redes, Telecom e Instalaes, n. 213, fev. 2018. Ao abordarem a temtica da tecnologia, os textos I e II apresentam como ponto comum
(ENEM PPL - 2021) A caolha A caolha era uma mulher magra, alta, macilenta, peito fundo, busto arqueado, braos compridos, delgados, largos nos cotovelos, grossos nos pulsos; mos grandes, ossudas, estragadas pelo reumatismo e pelo trabalho; unhas grossas, chatas e cinzentas, cabelo crespo, de uma cor indecisa entre o branco sujo e o louro grisalho, desse cabelo cujo contato parece dever ser spero e espinhento; boca descada, numa expresso de desprezo, pescoo longo, engelhado, como o pescoo dos urubus; dentes falhos e cariados. O seu aspecto infundia terror s crianas e repulso aos adultos; no tanto pela sua altura e extraordinria magreza, mas porque a desgraada tinha um defeito horrvel: haviam-lhe extrado o olho esquerdo; a plpebra descera mirrada, deixando, contudo, junto ao lacrimal, uma fstula continuamente porejante. Era essa pinta amarela sobre o fundo denegrido da olheira, era essa destilao incessante de pus que a tornava repulsiva aos olhos de toda a gente. ALMEIDA, J. L. In: COSTA, F. M. (org.). Os melhores contos brasileiros de todos os tempos. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2009. Que procedimento composicional o narrador utiliza para caracterizar a aparncia da personagem?
(ENEM PPL - 2021) Estresse um termo que se vulgarizou nos ltimos tempos. Queixa-se de estresse o homem que chega em casa depois de um dia de muito trabalho, de trnsito pesado e das filas do banco. Queixa-se a mulher que enfrentou uma maratona de atividades domsticas, profissionais e com os filhos. noite, terminado o jantar, com as crianas recolhidas, os dois mal tm foras para trocar de roupa e cair na cama. A palavra estresse no cabe nesse contexto. O que eles sentem cansao, esto exaustos e uma noite de sono um santo remdio para recompor as energias e revigor-los para as tarefas do dia seguinte. A palavra estresse, na verdade, caracteriza um mecanismo fisiolgico do organismo sem o qual ns, nem os outros animais, teramos sobrevivido. Se nosso antepassado das cavernas no reagisse imediatamente, ao se deparar com uma fera faminta, no teria deixado descendentes. Ns existimos porque nossos ancestrais se estressavam, isto , liberavam uma srie de mediadores qumicos (o mais popular a adrenalina), que provocavam reaes fisiolgicas para que, diante do perigo, enfrentassem a fera ou fugissem. Disponvel em: http://drauziovarella.com.br. Acesso em: 2 jun. 2015. Ao lanar mo do mecanismo de comparao, o autor do texto conduz os leitores a
(ENEM PPL - 2021) E o amor no s o que o senhor Sousa Costa pensa. Vim ensinar o amor como deve ser. Isso que pretendo, pretendia ensinar pra Carlos. O amor sincero, elevado, cheio de senso prtico, sem loucuras. Hoje, minha senhora, isso est se tornando uma necessidade desde que a filosofia invadiu o terreno do amor! Tudo o que h de pessimismo pela sociedade de agora! Esto se animalizando cada vez mais. Pela influncia s vezes at indireta de Schopenhauer, de Nietzsche embora sejam alemes. Amor puro, sincero, unio inteligente de duas pessoas, compreenso mtua. E um futuro de paz conseguido pela coragem de aceitar o presente. Rosto polido por lgrimas saudosas, quem vira Frulein chorar! isso que eu vim ensinar pra seu filho, minha senhora. Criar um lar sagrado! Onde que a gente encontra isso agora? ANDRADE, M. Amar, verbo intransitivo. Rio de Janeiro: Agir, 2008. Confrontada pela dona da casa, a personagem alem explica as razes de sua presena ali. Em seu discurso, o amor concebido por um vis que
(ENEM PPL - 2021) Sou leitor da revista e, acompanhando a entrevista da juza Kenarik Bouijikian, observo que h uma informao passvel de contestao histrica. Na pgina 14, a meritssima cita que tivemos uma lei que proibia a entrada de africanos escravizados no Brasil (Lei Eusbio de Queirs), e sabemos que mais de 500 mil entraram no pas mesmo aps a promulgao da lei. Sou professor de Histria e, apesar de, aps a Lei Eusbio de Queirs, de 1850, africanos escravizados terem entrado clandestinamente no pas, o nmero me parece exagerado. possvel que meio milho de africanos tenham entrado ilegalmente aps uma lei antitrfico de 1831, a Lei Feij, que exatamente por seu no cumprimento passou a ser no anedotrio jurdico chamada de lei para ingls ver. Como a afirmao est entre parnteses, me parece ter sido uma nota equivocada do entrevistador, e no da juza entrevistada. De toda sorte, h a ilegalidade do trnsito de escravizados para o Brasil apesar da existncia de uma lei restritiva. J.C.C. Cult, n. 229, nov. 2017 (adaptado). A funo social da carta do leitor est contemplada nesse texto porque, em relao a uma publicao em edio anterior de uma revista, ele apresenta um(a)
( ENEM PPL - 2021) Anatomia Qual a matria do poema? A fria do tempo com suas unhas e algemas? Qual a semente do poema? A fornalha da alma com os seus divinos dilemas? Qual a paisagem do poema? A selva da lngua com suas feras e fonemas? Qual o destino do poema? O poo da pgina com suas pedras e gemas? Qual o sentido do poema? O sol da semntica com suas sombras pequenas? Qual a ptria do poema? O caos da vida e a vida apenas? CAETANO, A. Disponvel em: www.antoniomiranda.com.br. Acesso em: 27 set. 2013 (fragmento). Alm da funo potica, predomina no poema a funo metalingustica, evidenciada
(ENEM PPL - 2021) TEXTO I Artista Efignia Ramos Rolim vestindo uma de suas criaes. Disponvel em: www.fundacaoculturaldecuritiba.com.br. Acesso em: 18 jun. 2019. TEXTO II Artista popular, inquieta e sonhadora, mais conhecida como a Rainha do Papel de Bala, Efignia Ramos Rolim d vida sua arte usando o lixo como matria-prima para construir objetos artsticos que refletem seu olhar fantstico do cotidiano. Sua produo inclui peas de vesturio, carrinhos de madeira customizados e um grande nmero de personagens realizados com material reciclado que remetem a histrias irreais, surgidas da sua imaginao. J teve sua obra exposta ao lado de nomes como Arthur Bispo do Rosrio e recebeu a Ordem do Mrito Cultural do Ministrio da Cultura, a mais alta honraria concedida pelo rgo aos artistas brasileiros. Disponvel em: http://bienaldecuritiba.com.br. Acesso em: 18 jun. 2019 (adaptado). A artista Efignia Ramos Rolim destaca-se por produzir peas que, ao serem vestidas,
(ENEM PPL - 2021) TEXTO I TOHAKU, H. Floresta de pinheiros. Nanquim sobre papel, 1,56 m x 3,47 m. Museu Nacional de Tquio, Japo, 1595. Disponvel em: https://medium.com. Acesso em: 19 jun. 2019. TEXTO II Arte japonesa O zen (chn, em chins) enfatiza a autoconfiana e a meditao, rejeitando os estudos tradicionais das escrituras budistas e a realizao de complicados rituais. O zen foi introduzido no Japo no sculo XIII por monges japoneses que viajaram China a fim de estudar as mais recentes doutrinas. A simplicidade e a autodisciplina rgida ensinadas pelos mestres zen atraram a classe dos samurais (guerreiros), e muitos templos zen foram construdos no Japo entre os sculos XIII e XV. ARICHI, M. In: FARTHING, S. (Ed.). Tudo sobre arte. Rio de Janeiro: Sextante, 2011 (adaptado). A obra Floresta de pinheiros, do artista Hasegawa Tohaku, expressa influncias do zen-budismo ao
(ENEM PPL - 2021) Harpa construda entre os sculos XIX e XX na atual Repblica Democrtica do Congo, em Mangbetu. CLARKE, C. The Art of Africa: a resource for educators. New York: The Metropolitan Museum of Art, 2006 (adaptado) A harpa congolesa representada na fotografia um instrumento musical que faz parte de tradies africanas. Sua classificao acstica tem correspondncia com o
(ENEM PPL - 2021) TEXTO I Para que seja caracterizada como bullying, e no como uma agresso ocasional, a ao praticada e sofrida pela vtima deve responder a alguns critrios: a agressividade (fsica, verbal, social) e a intencionalidade do ato, ou seja, o desejo de causar dor e constrangimento; a frequncia da agresso, uma vez que o bullying um ato repetitivo; e a desigualdade na relao de poder, manifestada pela diferena de fora fsica ou social entre o agressor e a vtima. ABDALLA, S. Bullying na escola: uma ameaa que no brincadeira. Disponvel em: www.gazetadopovo.com.br. Acesso em: 9 ago. 2017 (adaptado) TEXTO II De acordo com as caractersticas apresentadas nos textos, depreende-se que o bullying nas aulas de educao fsica escolar tem sido resultante das
(ENEM PPL - 2021) O esporte moderno, como o futebol, desenvolve- -se, nos dias de hoje, com base nos princpios da sociedade moderna ocidental, industrializada nos moldes capitalistas. Ele uma instncia da ao do poder econmico e do poder poltico, figurando tambm no rol dos instrumentos de manuteno da ordem vigente e da manobra e comunicao com as massas. PAULA, H. E. Cabea de ferro, peito de ao, perna de pau: a construo do corpo esportista brincante. Motriz, n. 2, 1996 (adaptado). Jogadores e jogadoras podem se tornar elementos transformadores das ordens esportiva e social, na medida em que exeram festivamente a sua criatividade para